quarta-feira, 13 de abril de 2011

#Ponto do Rebuçado I - O Sr. Airbag.

Sabem o que é um Airbag? Sabem?
Bom para vocês. Eu não sei. Quer dizer, eu pensava que sabia, mas estava errada.
Mas agora já sei! Aliás, tive uma conversa com um, num destes dias.
E que conversa! Foi mais evasiva do que terapia de choque.
Primeiro porque o Sr. Airbag, nem pediu licença e saiu logo disparado a palrar como se o mundo lhe devesse a vida e não lhe desse o devido crédito. 
Segundo, porque o choque, e susto, foi tão grande, que fui incapaz de desenvolver uma conversa produtiva com ele, e o estupido ainda ficou ofendido e decidiu 'amuar': murchou, se recusando a voltar para o local de onde tinha saido!
Mas o pior de tudo mesmo, é que o Sr. Airbag é sensível. Mas metam sensibilidade nisso!!
Eu entendo que até tenha sido uma invenção que visa aumentar a segurança. Mas pergunto-me se algum dia o Sr. Airbag teve uma conversa com o seu criador. Eu duvido. Porque se tivesse tido, com certeza o homenzinho teria ficado demasiado traumatizado para continuar com a vida que levava.

Porque passa-se o seguinte, se tiverem carros com o Sr. Airbag e seus familiares, não batam! Ou se baterem, batam como deve ser. Porque se não morrerem da batida, é provável que morram de susto, ou espanto, quando o Sr. Airbag saltar cá para fora, como se do apocalipse se tratasse, de tal maneira apressado e fora do controlo que até vos atira com a cabeça contra o banco.
Talvez eu esteja a exagerar. Não sei. Se calhar a minha falta de experiência fez o meu "primeiro encontro" com o Sr. Airbag um pouco traumatizante de mais. Ou talvez o Sr. Airbag em questão é mais sensível que os outros, e tem um sono extremamente leve. Mas o que é certo é que não gostei de levar com o Sr. Airbag na cara, só porque bati com a roda no passeio com mais velocidade do que o costume. Não subi o passeio mas acordei o Sr. Airbag!

Porque ninguém nos apresenta o Sr. Airbag quando nos ensinam a conduzir? Tenho a certeza que se o meu instrutor nos tivesse apresentado, a experiência do "primeiro encontro" não teria sido tão traumática (ainda me doí o pescoço!). Causou-me mais dor a mim, o Sr. Airbag, do que o passeio à roda do carro.

E depois é que aparecer sem ser convidado não era suficiente! O coitado do Sr. Airbag nem sabe voltar para casa sozinho!


Foto e texto: Siri Ahcor

sexta-feira, 8 de abril de 2011

#Veronika Decide Morrer – Paulo Coelho

Veronika é uma jovem, que cansada da vida sem sentido que leva, decide matar-se. Porem não é bem sucedida, e acaba numa clínica para doentes mentais, onde é informada pelo médico que tem apenas uma semana de vida. Então começam os seus dilemas. Será que ela tomou a decisão correta?

Posso dizer que este livro ocupa o número 1 do top dos meus livros favoritos. Os livros de Paulo Coelho têm sempre algum romance e/ou espiritualidade. Mas o que me fascina mais nos livros dele, é que sempre acabam por nos apresentar um mundo novo. E o mundo que é apresentado neste livro, fascinou-me completamente. A vida de quem vive num hospital psiquiátrico, neste caso, não é, sempre, uma vida de loucura. É uma vida de ignorância. É uma escolha. Como uma pequena sociedade que preferiu viver na ignorância. Serem vistos como loucos, por estarem num hospício, quando na verdade, a loucura está é lá fora. E aquele hospital acaba por transformar-se no paraíso deles, no escape.

A parte romântica deste livro, achei de uma beleza tremenda devido, especialmente, a sua… inocência. Ela pensa que vai morrer. Para ela já é algo como “já não tenho nada a perder”. E para ele. Para ele… não sei… Pareceu-me mais como uma descoberta. Podemos pensar “ele é maluquinho e não sabe o que faz” mas não é bem assim. Ele sente. E é como se tivesse medo de sentir… porque é algo novo. É como se ele visse tudo aquilo pela primeira vez. E apesar de achar que o Paulo Coelho já escreveu livros superiores a nível romântico, não fico indiferente a beleza e certa simplicidade do romance neste livro.
Por último, outra coisa que me fascinou, foi alguns tratamentos aplicados naquele hospital. E não me refiro à mentira do médico, mas sim ao tratamento, que pode-se dizer, de choque, que é aplicado em algumas situações.

 “Se algum dia pudesse sair daqui, iria permitir-me ser louca, porque toda a gente é – e piores são aqueles que não sabem que são, porque repetem apenas o que os outros mandam.”
Paulo Coelho in Veronika Decide Morrer.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

#Canto do desabafo. I - Fartei-me

Simplesmente fartei-me.
Se há coisa que detesto é quando estou prestes a voar e assim, do nada cortam-me as asas.
"Refizemos as contas, e simplesmente não há verbas."
Porque raios este povo, primeiro investe e só depois é que faz as contas para verificar se existem verbas ou não? Será que alguém me pode explicar isso?
Querem apostar em algo, mas não o fazem como deve ser. E saem por aí, a apregoar a realização de sonhos que, neste caso, não têm verba para executar.
Para mim, chega! Foi demasiado tempo perdido, demasiada confiança depositada em alguém que não a soube retribuir. Eu até entendo que estejamos em crise, mas que eu saiba a honestidade ainda não paga imposto. Então porque raios as pessoas insistem em não ser honestas?


Estive acordada a noite toda. Porque se há coisa que me tira o sono, é quando me enganam. E agora? E agora nada! Uma das poucas coisas que me deixa fudida, é que me afetem de maneira a eu perder o meu precioso sono. Sim, porque eu dou muito valor ao facto de estar na minha caminha, aconchegadinha e a sonhar com só eu sei o quê.
No entanto, o sono já lá vai e não ha nada que o traga de volta. Fuderam com a minha confiança, e mandaram a merda a honestidade do povo. E com isto tudo eu decidi que estou farta de cheirar a podridão do mundo.
Como tal caguei para as pessoas que me tiraram o sono, ri-me da cara delas até me doer a barriga,. Ri de mim própria da maneira mais debochada que consegui imaginar. Porque não há nada melhor do que rir de mim própria. Da minha burrice e ingenuidade para me abrir os olhos. Portanto, superada a desilusão, olha-se em frente.


E lembrei-me do blog! Parei de ser cabra e decidi que isto não pode continuar. Já esta mais que na hora de fazer algo por mim própria. O blog era algo que ficou de lado por, vejo agora, uma completa estupidez.
Assim sendo, O /SiriAhcor esta de cara lavada e, finalmente, com a estrutura que eu queria que ele tivesse.
Bases montadas, agora é seguir em frente.


Posso não ter um jornal. Mas nunca precisei dele nem de nada do género para ser EU mesma.
Estou viva, e isso é o suficiente para ser eu própria. Ainda sei escrever, e isso é o bastante para ser feliz.